sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Desencontro.

Porque afinal sinto um aperto no peito à tua partida de dentro do meu coração e não há nada melhor do que escrever para aliviar. Hoje escrevo para ti,


Ele chegou como de costume à hora marcada, continuava igual, com o seu charme e encanto natural. E eu como sempre senti as borboletas na barriga à sua chegada. Subimos as escadas e entramos. Nem foi preciso ele se sentar, pegou na minha mão e levantou-me para ele, num abraço amigo. Por essa altura já todas as borboletas tinham desaparecido. Beijou-me e entramos num jogo se sentidos e emoções, desta vez diferentes para mim. Não, não era uma vez igual às outras, não era mais uma vez, era talvez a última vez, pelo que me apercebi. Pelo meu coração, que já não batia tão alto por aquele «ele» que estava junto a mim, no meu quarto, na minha cama, foi a última vez. A paixão havia desaparecido, num mês, num efémero mês.
Como? Como é que tudo se desvanece dum momento para outro? O amor, a paixão que dura há um par de anos, conseguiu sublimar-se , dando espaço a uma cumplicidade e amizade. Já nada era o mesmo. Ele, ele queria-me mais a mim que eu a ele. E já não era justo, nunca o foi, e agora é muito menos do que em qualquer outra altura. Então, provavelmente, foi a última vez.

Foi o dia em que me desencontrei de ti. Algo que sabia que seria inevitável, mas que não sabia que iria deixar um aperto no peito à tua partida. Porque eu gostava realmente de ti, tinhas um brilho especial que mais ninguém tinha, e davas-me brilho a mim, mesmo que só por algumas horas. O brilho foi-se e entristece-me à sua partida mas se calhar assim foi o melhor, para mim, para ti, para nós. Seremos sempre cúmplices, e ficará a saudade de tudo o que foi maravilhoso em nós. A lembrança do brilho será para sempre nossa, guardaremos para sempre em segredo, o nosso segredo, onde nos poderemos encontrar para sempre nas nossas lembranças.


Para ele, um enorme beijo. Com saudade.

3 comentários:

  1. se um dia encontrares resposta a essas perguntas avisa-me que eu também ando á procura delas *

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  2. será?(...)talvez. só espero é que haja mesmo um dia em que o coraçao seja capaz de seguir em frente*

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  3. na verdade, os cardiologistas não percebem nada do coração. * boa sorte.

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